Rochedo é um distrito do município de Piracanjuba – GO, situado a cerca de 80 Km de Goiânia no trajeto pela rodovia BR 153, 10 Km depois do município de Professor Jamil. A pequena central hidrelétrica (PCH) de mesmo nome abriga um lago de cerca de 6,8 km² e que começou a operar no ano de 1955, com capacidade instalada de 4 MW de geração de energia.
As imagens acima foram extraídas do aplicativo Google Earth e revelam a delicada situação de assoreamento com que se encontra o lago. Em 12 anos a situação se agravou rapidamente e o nível de assoreamento se acelerou. Grande parte do lago desapareceu e apenas o leito de rio corre pela maior parte do trecho. A imagem de 2008 foi retirada em pleno auge da estiagem, no mês de setembro. Já a de 2019 foi tirada ao final das chuvas, em abril daquele ano, o que representa que não é apenas quantidade de água, mas sim sedimentos que ganharam corpo no lago. Estive no ano de 2020 no local e as fotos mostram a situação de perto.
O assoreamento pode ser ocasionado por diversos fatores, dentro os quais destacamos o aumento das erosões laminares ou sulcos erosivos no período chuvoso, devido ao incremento de áreas agricultáveis e pastagens em locais acidentados sem utilização de curvas de nível, retirada de mata ciliar, estradas vicinais desprotegidas, dragas irregulares que fazem retirada de areia ao longo da calha do rio e alta carga de sedimentos oriundos de cidades ao longo da bacia, principalmente de Goiânia e região metropolitana. As áreas assoreadas agora, tomadas por capim e pequenos arbustos servem apenas pra alimentação de gado, pássaros e pequenos animais que circulam pela região.
Então perguntamos, O reservatório de Rochedo é monitorado? Existem estudos que identificam as causas da aceleração do assoreamento em tão pouco tempo? É viável do ponto de vista econômico o desassoreamento do lago?
Guia Ecológico 
Um comentário sobre “O assoreamento do lago de Rochedo no rio Meia Ponte é grave!”