Tragédia anunciada, repetição amplificada da tragédia de final de ano.

Nota de hoje do blog: As pessoas dão mais valor aos bens materiais do que a vida. Mesmo após tantas mortes por deslizamento ainda existiam pessoas nas área de risco apesar dos apelos para que saíssem. Novo deslizamento ocorreu em Niterói e matou mais pessoas. Já existem lugares disponíveis para desabrigados, mas as pessoas, por medo de perderem suas casas, insistem em ficar lá, aumentando as estatísticas negativas.

Enchente no Rio é a 5ª mais fatal no mundo em 12 meses

As enchentes no Rio de Janeiro esta semana já causaram mais mortes do que qualquer outro incidente semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. Nos últimos 12 meses, a inundação no Rio foi a quinta mais fatal do mundo.

As autoridades brasileiras confirmam que pelo menos 102 pessoas já morreram. Segundo dados preliminares do Centro de Pesquisas de Epidemiologia dos Desastres (Cred, na sigla em inglês), a pedido da BBC Brasil, as quatro enchentes que mais mataram pessoas nos últimos 12 meses foram na Índia, Arábia Saudita e Serra Leoa. O Cred, sediado na Bélgica, coleta dados sobre catástrofes há 30 anos e fornece estatísticas para pesquisadores de todo o mundo.

O pior incidente aconteceu na Índia, onde as chuvas de monções em julho do ano passado em diversas partes do país deixaram 992 pessoas mortos. Em setembro, outras 300 pessoas morreram, também em inundações na Índia.

A lista é seguida por inundações na Arábia Saudita – em novembro, com 163 mortos – e Serra Leoa, em agosto, com 103 mortos. A enchente desta semana no Rio aparece na quinta posição na lista do Cred.
Pobreza
Outra enchente no Brasil – que inclui as inundações no litoral do Rio e São Paulo, em janeiro – era até esta semana a mais fatal no mundo em 2010. Naquela ocasião, 74 pessoas morreram, segundo o instituto belga.

As outras enchentes mais fatais registradas neste ano pelo Cred foram em Madeira, Portugal (42 mortos em fevereiro), Cazaquistão (37 mortos em março), México (41 mortos em janeiro) e França (45 mortos em fevereiro e março). Os dados deste ano ainda são preliminares e estão sendo revisados pelo centro.

No Rio de Janeiro, a maior parte das mortes foi causada por deslizamentos em Niterói e no Rio de Janeiro. As cidades foram atingidas por algumas das chuvas mais fortes em anos no fim da tarde de segunda-feira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que as pessoas deixem suas casas nas regiões em que ainda há riscos de deslizamentos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que “a situação é caótica”.

Para especialistas em desastres, os mais pobres são os mais vulneráveis em casos como este. O levantamento do Cred mostra que os países pobres lideram no número de mortes por inundações.

Um relatório de 2009 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) afirma que apenas 11% das pessoas expostas a catástrofes naturais vivem em países pobres, mas que é em países pobres que ocorrem mais de 53% das mortes.

Fonte: BBC Brasil / Portal Terra.

3 comentários sobre “Tragédia anunciada, repetição amplificada da tragédia de final de ano.

  1. descordo da opinião do cidadão acima, Não é questão de dar valor ou não há bens materias há questão é necessidade ninguém mora em situção desuma por que gosta realmente ás pessoas dão mais valor as coisas matérias ” estamos assim por ganância dos politicos que só pensam em si, a culpa e dessa robaleira no nosso governo o dinheiro q séria ultilizado para melhoria de nosso país está indo para uma minoria gananciosa sem escrupulos, mais tbm fazemos parte disso somos tão culpados quanto a eles que ficamos de mãos atadas sem fazer nada. estão fazendo um tempestade no copo d’agua depois todos que estão sofrendo agora serão esquecidos.

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    1. Olá Francielle,

      Essas pessoas realmente não tem para onde ir, vivem lá porque não tem para onde correr, o comentário que fiz foi só pelo fato de que mesmo após toda a tragédia e com abrigos já disponíveis para essas pessoas, elas preferiram ficar em suas casas, mesmo sabendo dos riscos que estavam correndo. Elas não querem perder o espaço conquistado com muito suor e por isso ficam, mesmo sabendo que podem pagar com a vida por causa disso. Realmente a prefeitura, o estado, são culpados por permitirem que essas pessoas habitem tais lugares, na maior parte das vezes em troca de votos. É triste tudo isso, mas isso é uma repetição da tragédia do final do ano, depois, como você disse, tudo é esquecido. É época de eleição e agora que os carniceiros terão terreno livre para anagariarem votos.

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